O preço do frete rodoviário começa a subir em reação as contínuas altas de combustíveis. De acordo com o Índice Fretebras do Preço do Frete (IFPF), entre maio de 2021 e maio de 2022, o custo do transporte por quilômetro rodado por eixo atingiu alta recorde de 3,79%, desde fevereiro de 2021 quando o índice começou a ser divulgado. No entanto, o preço do diesel S500, no mesmo período, subiu 53,11%.
Diante deste cenário, a Fretebras realizou uma enquete com mais de 1.300 motoristas, no dia 17/06, e o resultado mostra que 54,9% dos respondentes afirma ser favorável a participar de uma greve nos próximos três meses, após nova alta no combustível. Ainda mais, 44,8% dos participantes dizem que consideram deixar a profissão em breve, pelo mesmo motivo.
O diretor de Operações da Fretebras, Bruno Hacad, comenta: “Apesar das iniciativas do governo de gerar mudanças positivas neste cenário de diesel muito alto, como o teto do ICMS e a redução do gatilho nos ajustes da tabela de preço mínimo, a verdade é que o principal fator que influencia no valor dos fretes é a lei de oferta e demanda. Se os caminhoneiros não aceitarem mais viajar a um preço que não compensa, naturalmente o valor do frete vai aumentar. Está nas mãos dos próprios caminhoneiros a força para influenciar o preço no curto prazo, mas para isso eles precisam saber calcular bem os custos do trajeto”, explica Hacad.
Segundo o executivo, o cenário é de desafio no dia a dia dos caminhoneiros, que cada vez mais precisam estar atentos e fazer as contas, para entender quando um frete vale a pena ou não. Eles são os maiores impactados e tudo indica que o motorista autônomo tem negociado mais e melhor, usando mais informações como referência para a sua negociação.
Fonte: Frota & CIA
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