No entanto, mercado ainda é explorado por poucas empresas e tem espaço para crescer em 2023
A locação de caminhões já conta com frota superior a 35 mil veículos no Brasil e ganhou corpo na segunda metade do ano com a entrada das montadoras no segmento. A atividade é comum na Europa, há três décadas. No Brasil, já tem desde veículos urbanos de carga (VUCs) até modelos maiores e completos, com o cavalo mecânico e a carreta. Como regra, os contratos de locação são longos, com duração mínima de 12 meses.
“É um mercado que está se iniciando, ainda é explorado por poucas empresas e tem muito espaço para crescer em 2023 entre as locadoras e as fábricas de caminhões”, afirma Paulo Miguel Júnior, conselheiro gestor da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla).
A locadora Vamos tem 30.600 caminhões e trabalha com prazo mínimo de 36 meses. A empresa está sob o comando da mesma holding que controla a transportadora JSL. A frota da Localiza conta com 5.000 unidades, com contratos de 12 a 96 meses. As fábricas de caminhões instaladas no Brasil começam a ingressar nesse território. Elas contam com suas redes de concessionárias para oferecer o serviço e o apoio financeiro dos próprios bancos.
A primeira montadora a entrar no segmento foi a Volkswagen Caminhões e Ônibus. A divisão VW Truck Rental surgiu em agosto no Brasil, e a empresa oferece desde o Delivery Express, com peso bruto total (PBT) de 3.500 quilos, até o Meteor 28.460 – cavalo mecânico capaz de tracionar 70.000 quilos. São seis modelos ao todo. A oferta também inclui carrocerias para carga seca ou baús. Os contratos da montadora são de 36 ou 60 meses.
Outras marcas como Volvo e Scania também ingressaram nessa onda. Segundo Renata Campos, responsável pela Scania Locação, tudo rolou depois de um estudo. “Os clientes queriam usar caminhões Scania, mas sem necessariamente adquiri-los.”
Na Europa os caminhões por locação já são 20% do mercado e parece que a tendência é o Brasil caminhar para a mesma direção
Fonte: Frota & CIA
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