Aumento no preço dos combustíveis, estabilização econômica e retração no crescimento de determinados setores podem exigir atenção dos empresários
A LCA Consultores demonstrou um cenário de estabilização da economia mundial, o que vai exigir cautela do setor transportador brasileiro em 2024. A análise do cenário macroeconômico no Brasil e no mundo foi encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) para ajudar na tomada de decisão dos empresários do transporte no país.
A apresentação foi feita durante a Reunião Ordinária da Diretoria Estatutária da CNT, realizada nessa quarta-feira (27), em Brasília (DF). Diretores da CNT, integrantes das Seções e diretores executivos do Sistema Transporte estiveram entre os participantes.
Um dos dados que mais chama a atenção é a queda no custo do frete global a níveis próximos daqueles pré-pandemia. Segundo o economista Francisco Carlos Pessoa, gerente da LCA Consultores, isso é fruto de um “arrefecimento nas pressões” de custos da cadeia produtiva e no preço das commodities.
Por outro lado, o conflito entre Ucrânia e Rússia, sendo este país um dos principais fornecedores de óleo diesel para o Brasil, ainda impacta a elevação do preço dos combustíveis. “Em situações assim, a tendência é os investidores procurarem outros parceiros comerciais ou combustíveis verdes, como o hidrogênio renovável”, explicou.
O gerente da LCA destacou que é justamente nesse ponto em que o Brasil pode se destacar. Mas esse é um movimento ainda com forte apelo para o setor público, razão pela qual é preciso sensibilizar autoridades.
Cenários possíveis
Para o mercado doméstico, a LCA aponta que setores com forte crescimento em 2023, como o agronegócio, devem voltar a patamares “mais realistas” para o próximo ano. Em função disso, os empresários do transporte de produtos agropecuários precisam buscar alternativas.
Por fim, a consultoria apontou que o crescimento da economia brasileira em 2023 dependerá, pelo lado da oferta, da agropecuária e da indústria extrativa mineral. Por outro lado, o consumo de bens e serviços, especialmente aqueles mais dependentes de crédito, tendem a segurar o crescimento do PIB, assim como a desaceleração de investimentos e da construção civil.
Fonte: CNT
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