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Mais mulheres na infraestrutura: Ministério dos Transportes e empresas do setor aderem ao Programa Pró-Equidade

Iniciativa do governo federal que promove equidade de gênero e raça no acesso ao mercado de trabalho e na remuneração obteve a adesão de 12 instituições da área de infraestrutura e 100% das concessionárias de rodovias federais.



Para combater ativamente as dinâmicas de discriminação e desigualdade de gênero e raça praticadas no ambiente de trabalho, o ministro dos Transportes, Renan Filho, assinou nesta quarta-feira (3) com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, protocolo de intenções para promover o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça.

O objetivo é incentivar a igualdade em acesso, remuneração, ascensão e permanência no emprego nas agências reguladoras e empresas públicas vinculadas ao Ministério dos Transportes e em toda a rede de companhias que atuam direta e indiretamente na infraestrutura rodoviária, ferroviária e logística do país.


“O presidente Lula foi muito enfático no que diz respeito à remuneração igual para o desempenho das mesmas funções. Acredito que essa seja uma das agendas mais relevantes”, destacou Renan Filho. Conforme avaliação do ministro, a ação conjunta das pastas dos Transportes e das Mulheres, que coordena o Pró-Equidade, é desenvolvida para cumprir essa agenda de valorização das brasileiras e ampliar a presença delas em toda a cadeia logística da infraestrutura.


“Não é fácil encontrar mulheres na área da infraestrutura. Encontrei a Viviane Esse, que é a primeira secretária nacional de Transporte Rodoviário da história do país. Isso é muito importante. Nunca uma mulher comandou toda a área rodoviária no Brasil”, destacou.

Já no evento de adesão do Ministério dos Transportes ao programa federal, 12 instituições do setor de infraestrutura e todas as concessionárias de rodovias federais assinaram documento de adesão coletiva, comprometendo-se a desenvolver ações para ampliar o acesso e promover igualdade salarial e de progressão profissional para mulheres em suas dependências. São elas:


  • Infra S.A.

  • Grupo CCR

  • SEST/Senat

  • ABCR

  • CNT

  • Grupo Arteris

  • Grupo Triunfo

  • Grupo EPR

  • Ecorodovias

  • ABRATI

  • Abol

  • Frenlogi


“A adesão me surpreendeu de forma positiva. Muitas empresas pediram para aderir. Tivemos a adesão de 100% das nossas concessionárias de rodovias federais. Poder participar dessa luta, que é de todos nós, nos enche de orgulho”, ressaltou a secretária Viviane Esse.


Desigualdade de gênero e raça


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, as mulheres recebem 22% a menos que os homens. A diferença é ainda maior quando são considerados somente cargos de gerência e diretoria: elas ganham apenas 61,9% do rendimento deles. As mulheres negras recebem, em média, menos da metade do salário de homens brancos (46%).


“O presidente Lula é muito certeiro ao afirmar que não é possível discutir um novo país sem igualdade. Não se pode ter um país desenvolvido quando há pessoas passando fome, excluídas e vivendo na miséria. E essa exclusão tem origem no sexo e na raça. A assinatura deste documento é fundamental, pois precisamos começar a participar das discussões não apenas nos governos, mas também nas empresas” conclamou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.


Na visão da ministra, o Pró-Equidade contribui para o desenvolvimento do país. “Devemos incluir a igualdade de gênero e racial em nossa agenda política, empresarial e cotidiana como uma meta, um direito, uma conquista. O Brasil precisa entender que a igualdade é benéfica; gera lucro; traz felicidade, respeito, dignidade, equilíbrio e humanidade. É isso que nosso país precisa”, frisou Cida Gonçalves.


Conforme explicou a diretora de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo do Ministério da Igualdade Racial, Layla Carvalho, ao participar o ato de adesão do Ministério dos Transportes ao Pró-Equidade, a pasta da Igualdade Racial reforça seu compromisso de impulsionar o debate sobre equidade racial nas empresas, tanto públicas quanto privadas. “Estamos disponíveis para continuar avançando na visibilidade daqueles que moldam as políticas de transporte e para promover uma nova perspectiva sobre as políticas públicas”, resumiu.A secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados do Ministério das Mulheres, Rosane da Silva, concluiu: “Este momento é histórico para nós, pois é a primeira vez que temos uma quantidade significativa de empresas no ramo dos transportes aderindo ao Programa Pró-Equidade. Queremos demonstrar que as mulheres podem ocupar todos os espaços de decisão e do mundo do trabalho”.


Programa Pró-equidade de Gênero e RaçaLançado em 2005, o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça é uma iniciativa do Governo Federal coordenado pela Secretaria Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados do Ministério das Mulheres. O objetivo é difundir novas concepções na gestão de pessoas e promover a igualdade de gênero e raça no que diz respeito às relações formais de trabalho e à ocupação de cargos de direção.Coordenado pelo Ministério das Mulheres em parceria com o Ministério da Igualdade Racial, Ministério do Trabalho e Emprego, ONU Mulheres e Organização Internacional do Trabalho (OIT), o programa está em sua sétima edição.Podem participar empresas públicas e privadas, de médio e grande portes, com personalidade jurídica própria. O prazo para adesão vai até 30 de abril. Para mais informações, acesse o site do Ministério das Mulheres.


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