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Número de roubo de cargas no 1º trimestre é o menor no Brasil desde 2021

Relatório da Overhaul estimou que aproximadamente 23% dos roubos tiveram como alvo o transporte de mercadorias compradas em lojas virtuais 


De janeiro a março deste ano, o centro de inteligência da Overhaul registrou 3,6 mil roubos de cargas — o que representa uma média de 1,2 mil casos por mês. Das ocorrências totais, 93,8% foram violentas. Apesar de os números permanecerem altos, o estudo indica que este é o menor registro de roubos de cargas no primeiro trimestre no país desde 2021, quando atingiu 4,1 mil ocorrências — em 2022, foram 4,1 mil, sendo o recorde em 2023, com 4,5 mil. 

O relatório da Overhaul aponta ainda que aproximadamente 23% dos roubos ocorridos em todo o país no primeiro trimestre de 2024 tiveram como alvo o transporte de mercadorias compradas em lojas virtuais.  

“Essa estatística mostra como o aumento das compras pela internet no Brasil consequentemente aumentou a exposição das cargas nas operações de transferência e distribuição”, explicou o gerente de Inteligência da Overhaul Brasil, Reginaldo Catarino. 

De acordo com os dados, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, registraram aumento nas ocorrências. As notificações nos três estados correspondem a 86% do total do país.  

“Na comparação entre 2023 e o primeiro trimestre de 2024, a porcentagem de casos se manteve estável em São Paulo, em 44%. Já no Rio de Janeiro, subiu de 27% para 35%, e em Minas Gerais de 4% para 7%. Enquanto a região sudeste impulsionou os números e tiveram crescimento de eventos, as demais partes do país tiveram queda, contribuindo para a porcentagem geral do país”, disse o gerente de Inteligência. 

A maioria das ações (59%) é realizada em ruas das cidades, 38% em rodovias e 3% em armazéns e centros de distribuição. Os dias e horários preferidos são às terças, quartas e quintas-feiras, entre 6h e 18h. 

PRODUTOS MAIS ROUBADOS 

Caminhões com produtos diversos como alimentos e bebidas, tabaco e peças de veículos estão na lista de carregamentos mais roubados. No topo da lista de cargas mais visadas pelas quadrilhas que atuam no Brasil, segundo o relatório da Overhaul, estão os caminhões com carregamentos diversos, ou cargas “miscelâneas”, com 44% das ocorrências.  

Em seguida, estão as cargas agrícolas, como sementes e agrotóxicos (12%); eletroeletrônicos (11%); tabaco e alimentos e bebidas (7%); veículos e autopeças (6%); e bebidas alcoólicas (3%). 

“A escolha dos criminosos por alguns itens está ligada à facilidade de abordagem e comercialização das mercadorias junto aos receptadores de cargas roubadas”, destacou Catarino. 

METODOLOGIA DA PESQUISA 

O departamento de inteligência da Overhaul faz o acompanhamento diário de casos registrados em diversos países, incluindo o Brasil. A empresa compara as informações oficiais divulgadas pelos órgãos oficiais como Secretarias de Segurança e Polícias Rodoviárias dos 26 estados e do Distrito Federal com dados de empresas de segurança, transportes e tecnologia de inteligência de dados. 


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