Um acumulado dos nove primeiros meses mostra 534 emplacamentos de elétricos e 279 a gás
O comércio de ônibus e caminhões elétricos e a gás teve um crescimento incrível de 386% no Brasil entre janeiro a setembro. Um acumulado dos nove primeiros meses mostra 534 emplacamentos de elétricos e 279 a gás. Em igual período de 2021 foram, respectivamente, 121 e 47.
Vale lembrar que os preços desses caminhões são bem mais altos que os de equivalentes a diesel.
Em setembro, foram vendidos 39 veículos pesados com motores alternativos ao diesel. Desses 30 são elétricos e 9, a gás. Portanto, houve queda de 55,17% em relação às vendas de agosto. Naquele mês, foram emplacados 16 elétricos e 71 a gás. Os dados são da Anfavea, associação que reúne as montadoras de veículos instaladas no Brasil.
Segundo o vice-presidente da associação, Gustavo Bonini, a tendência é de avanço na venda de caminhões e ônibus elétricos e a gás. Ele afirma que as empresas estão cada vez mais buscando veículos com baixo nível de emissão de carbono. “É uma demanda da sociedade. E isso inclui o transporte de carga e passageiros“, diz
GRANDES EMPRESAS
Grandes companhias, sobretudo multinacionais, têm metas de redução de emissões. Assim, precisam atuar em toda a cadeia de produção e distribuição. Para isso, elas dão preferência às transportadoras que ofereçam frotas novas. Porém, há embarcadores que mesmo assim não conseguem atingir os resultados previstos nos planos de ESG
Nesse caso, a solução é priorizar os veículos elétricos e a gás. Embora esses modelos sejam entre 30% e 100% mais caros que os equivalentes com motor a diesel, o investimento compensa. Afinal, há linhas de crédito com taxas mais baixas para companhias que reduzem as emissões de carbono. E, dependendo do tipo de produto, há mercados, sobretudo na Europa, que priorizam essas companhias.
Portanto, trata-se de uma questão financeira. A Coca-Cola, por exemplo, acaba de iniciar a operação de uma frota de caminhões elétricos na região metropolitana de São Paulo. São 31 veículos para atender os centros de distribuição de Osasco e Jurubatuba, bem como do Ipiranga. Além de não emitir poluentes enquanto roda, o caminhão elétrico produz menos ruído e tem baixo custo de manutenção.
Fonte: Frota & CIA
Comments